quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dormir à gargalhada

Nunca me tinha acontecido aperceber-me do meu riso enquanto dormia. É frequente acordar com o som da minha própria voz, porque falo durante o sono. Na verdade, berro durante o sono porque é frequente sonhar que estou a discutir, de forma muito pouco diplomática, com alguém. Porém, desta vez foi com o som das minhas gargalhadas que despertei.

No sonho, a minha mãe olhava embasbacada para uma mulher que ostentava um colar que parecia saído de uma exposição das jóias da coroa. Eram grandes quantidades de pedras preciosas e ouro sobre uma vulgar t-shirt verde, quase masculina. Não foi a mulher que me fez rir, mas sim a expressão da minha mãe, cujas sobrancelhas erguidas deixavam no ar a interrogação de se aquilo seria apropriado.

A situação não é particularmente divertida mas pelos vistos no mundo dos sonhos é-me permitido rir só porque sim. Só por saber o que se passa na cabeça da minha mãe como se ela tivesse uma legenda a passar por baixo.

Fora do mundo dos sonhos, a mesma mulher, a mesma expressão, não teriam provocado aquela gargalhada incontrolável. Passei alguns minutos a tentar perceber porque tinha tido aquele sonho. Até que decidi que devia estar a ser contagiada pela inocência da Rosa, que no fundo na minha barriga se ria também, sem fazer barulho.

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